segunda-feira, 18 de março de 2013


Ao contrário de Sal, Pedro Cassiano abomina a violência contra a mulher

Ator fala sobre o tema e se diz feliz com a função social do seu personagem. Louise D’Tuani, a Luana, também comenta a trama

Simpático, Pedro Cassiano conversa com Louise D'Tuani nos bastidores (Foto: Malhação / TV Globo)
Foi triste ver Sal (Pedro Cassiano) agredindo Luana (Louise D`Tuani) em Malhação. Mas, infelizmente, a cena de ficção é uma das realidades em voga no Brasil. O ator Pedro Cassiano, que está com 25 anos, acha importante esse tema ser discutido na novela, pois acredita que, dessa forma, a população fica mais atenta para enfrentar, evitar e ajudar a acabar com a violência contra a mulher.
“'Abominável' é a palavra. Na verdade esse é o tipo de coisa que acontece com muito mais frequência do que as pessoas pensam. E esse tema não está na trama apenas por uma questão dramática, mas é também uma maneira das autoras retratarem um problema que é real no Brasil”, comenta o ator.
Louise D’Tuani concorda com o colega de elenco e ressalta a importância do assunto vir à tona. “É muito triste. Eu nunca vivi isso de perto. Nunca vivi isso na minha família e nem tenho amigos que passaram por isso. Mas acho que nessas horas tem-se que ser corajosa. Acho que a Luana fica com medo. Ou é a carência de querer estar com alguém. Aí acaba não falando nada. Ela recua e continua com ele. É um assunto muito delicado. É bom falar sobre isso porque vai servir como um alerta para todas as pessoas”, afirma a atriz.
Vilão! Sal excede na força ao falar com Luana (Foto: Malhação / TV Globo)Pedro Cassiano se sente privilegiado pela oportunidade de, através do seu personagem, ser o porta-voz do tema às gerações mais jovens: “Para mim é muito valioso fazer esse personagem porque é uma função social importante. É uma oportunidade preciosa de ser o exemplo de como um homem não deve proceder”, diz o ator, que dá a receita de como ter um relacionamento saudável e feliz.
“Nunca se deve fazer isso que o Sal faz com a Luana, que é agredir. Para que um relacionamento dê certo é preciso que haja respeito e paciência. O bom de namorar é dar carinho, dar amor. É muito legal receber, mas percebi ao longo da minha vida que dar carinho, dar amor e ter sempre respeito ao próximo é muito bom. É a graça da relação. Se não tiver isso, é melhor que não exista a relação”, opina.
ONU: veja alguns números da violência contra a mulher:
De acordo com a Organização das Nações Unidas, 7 entre cada 10 mulheres no mundo passaram por algum fato de agressão sexual ou física ao decorrer da vida. Entre 1980 e 2010, 92 mil mulheres foram assassinadas no Brasil, país que aparece na 7ª posição no ranking de países com altos índices de homicídios femininos no planeta.
O "Ligue 180", telefone da Secretaria de Política para as Mulheres, recebeu 389 mil ligações em 2012, número 32% superior ao registrado em 2011. E 47 mil mulheres vítimas de violência física foram atendidas pelo sistema público de saúde em 2011.
O Brasil possui a Lei Maria da Penha, sancionada em agosto de 2006, que protege as mulheres contra qualquer tipo de violência.
A Lei define violência contra a mulher como qualquer ação ou omissão baseada no gênero que promove morte, lesão, sofrimento físico, sexual, psicológico e dano moral ou patrimonial. Garante também o direito de afastamento da mulher do trabalho por até seis meses e prevê até três anos de prisão para os agressores.

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